A edição de hoje da revista Time (data-da de 12 Dez.) inclui aquela que deverá ser a única entrevista de Steven Spielberg sobre o seu novo filme Munique (estreia nos EUA: 23 de Dezembro; resto do mundo: Janei-ro/Fevereiro 2006).
Num dossier que inclui um ensaio crítico e um enquadramento histórico, o crítico Richard Schickel define o filme — sobre os atentados terroristas palestinianos contra atletas israelitas, nos Jogos Olímpicos de Munique/1972 — como um objecto que "subtilmente, embora insistentemente" nos leva a pensar sobre a "verdade radical" do mundo que herdámos.
Empenhado em reflectir (e fazer reflectir) sobre o conflito israelo/palestiniano, Spielberg anuncia a Schickel um projecto que espera pôr em marcha a partir do próximo mês de Fevereiro: "Vou comprar 250 câmaras de video e dividi-las, 125 para crianças palestinianas, 125 para crianças israelitas, para fazerem filmes sobre as suas próprias vidas — não dramas, apenas pequenos documentários sobre quem são e aquilo em que acreditam, quem são os pais, a que escola vão, o que comeram, que filmes vêem, que CDs ouvem — e depois vou trocar os videos. É o tipo de coisa que, creio eu, pode ser eficaz a fazer com que as pessoas compreendam que não há assim tantas diferenças a dividir israelitas e palestinianos — enquanto seres humanos, pelo menos."
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Num dossier que inclui um ensaio crítico e um enquadramento histórico, o crítico Richard Schickel define o filme — sobre os atentados terroristas palestinianos contra atletas israelitas, nos Jogos Olímpicos de Munique/1972 — como um objecto que "subtilmente, embora insistentemente" nos leva a pensar sobre a "verdade radical" do mundo que herdámos.
Empenhado em reflectir (e fazer reflectir) sobre o conflito israelo/palestiniano, Spielberg anuncia a Schickel um projecto que espera pôr em marcha a partir do próximo mês de Fevereiro: "Vou comprar 250 câmaras de video e dividi-las, 125 para crianças palestinianas, 125 para crianças israelitas, para fazerem filmes sobre as suas próprias vidas — não dramas, apenas pequenos documentários sobre quem são e aquilo em que acreditam, quem são os pais, a que escola vão, o que comeram, que filmes vêem, que CDs ouvem — e depois vou trocar os videos. É o tipo de coisa que, creio eu, pode ser eficaz a fazer com que as pessoas compreendam que não há assim tantas diferenças a dividir israelitas e palestinianos — enquanto seres humanos, pelo menos."