sexta-feira, dezembro 23, 2005
Sound + Vision: Discos 2005
Quinto dia de listas no Sound + Vision, a ouvir os melhores discos do ano (que também publicamos no DN:música de hoje). Listas separadas para a oferta nacional e internacional.
Nuno Galopim
Nacional:
1. Alice, Bernardo Sassetti
2. Transparente, Mariza
3. Vivo, Clã
4. Our Hearts Will Beat As One, David Fonseca
5. The Pyramid Sessions, Rocky Marsiano
6. Diário, Mafalda Arnauth
7. Tudo ou Nada, Katia Guerreiro
8. Soma, The Ultimate Architects
9. Post Hit, Post Hit
10. Vitamina, Mesa
Internacional:
1. Funeral, Arcade Fire
2. Illinoise, Sufjan Stevens
3. Want (Two), Rufus Wainwright
4. Another Day On Earh, Brian Eno
5. Feels, Animal Collective
6. I'm A Bird Now, Antony & The Johnsons
7. Wind In The Wires, Patrick Wolf
8. You Could Have It So Much Better, Franz Ferdinand
9. The Back Room, Editors
10. Handwriting, Khonnor
O pior ano pop/rock português desde 1979! Salvos, por aqui, pelo fado, o jazz e a banda sonora de Alice... E por agora ficamos por aqui, que brevemente haverá reflexão detalhada na área... Lá fora, um dos melhores anos dos últimos tempos em diversas frentes. Rock em alta, da reinvenção pós-punk a experiências mais visionárias. DFA em grande. Canadá a inscrever-se no mapa das prioridades. Veteranos em regressos dignos dos maiores elogios. A lista é de apenas dez títulos, mas a ela podemos acrescentar discos como EP dos Fiery Furnaces, The Witching Hour dos Ladytron, Orion de Philip Glass, Capture/Release dos The Rakes, Silent Alarm dos Bloc Party, Bang Bang Rock'N'Roll dos Art Brut, Demon Days dos Gorillaz, The Mysterious Productin Of Eggs de Andrew Bird, Adieu Tristesse de Arthur H, Monsters In Love dos Doinysos, LCD Sundystem dos LCD Soudsystem, Less Than Human de The Juan McLean, The Man Who Ate The Man dos Magnétophone, Confessions On A Dance Floor de Madonna, Aerial de Kate Bush, Takk dos Sigur Rós, Snow Bourne Sorrow dos Nine Horses, Digital Ash In A Digital Urn dos Bright Eyes, Wild Light de Mount Sims, Disarmed dos DK7, The Light At The End Of The Tunnel Is A Train de Whitey, The Cloud Room dos The Cloud Room, Guero de Beck, Playing The Angel dos Depeche Mode, Employment dos Kaiser Chiefs ou Get Behind Me Satan dos White Stripes, entre outros mais. Boas revelações com Protocol, White Rose Movement, She Wants Revenge, Baumer, Presets, Every Move A Picture, Editors, Final Fantasy, Martha Wainwright... Entre nós, estão sob escuta Cindy Kat, U-Clic, Woman In Panic, Garbo e How Comes The Constellations Shine, à espera de discos em 2006. N.G.
João Lopes
Nacional:
1. Tudo ou Nada, Katia Guerreiro
2. Ascent, Bernardo Sassetti
3. Alice, Bernardo Sassetti
4. Diário, Mafalda Arnauth
5. Ulisses, Cristina Branco
6. Ao Vivo em Lisboa, Joana Amendoeira
7. Vivo, Clã
8. The Night Before and a New Day, Blind Zero
9. Our Hearts Will Beat as One, David Fonseca
10. Post Hit, Post Hit
Internacional:
1. Horses/Horses, Patti Smith
2. No Wow, The Kills
3. Illinoise, Sufjan Stevens
4. I’m a Bird Now, Antony & the Johnsons
5. Want Two, Rufus Wainwright
6. Funeral, Arcade Fire
7. Confessions on a Dance Floor, Madonna
8. Devils And Dust, Bruce Springsteen
9. Guero, Beck
10. Cold Roses, Ryan Adams
Patti Smith? Você disse Patti Smith?... É verdade: a par dos sons-do-desencanto-deste-tempo (Antony, Rufus, etc.), alguns fantasmas não necessariamente assombrados, mas sempre assombrosos, andaram por aí a dar lições de simples fidelidade à sua verdade artística. Mas nem mesmo os mais velhos encaixaram na patética "nostalgia" que as televisões tanto gostam de promover. É normal: as televisões vivem de uma cegueira militante face à complexidade estética do presente e até mesmo a MTV se deixou contaminar pelo bolor dos lugares-comuns publicitários sobre a "juventude" — será que ser jovem passou a ser endeusar os telemóveis, dizer militantes disparates e disparar as palavras em ritmo de King Kong?... Entretanto, o punk-pós-punk porta-se bem e até houve quem voltasse a celebrar, sem complexos, a energia dançável dos anos 80. Mas deixemos o confessionalismo para outra ocasião... J.L.