O nº 607 dos Cahiers du Cinéma (Dez.) tem como convidado especial um nome chave da história moderna do cinema francês: o actor Michel Piccoli. Através de uma filmografia que já ultrapassou as duas centenas de títulos, Piccoli (que completa 80 anos no próximo dia 27) é alguém que emerge ainda na década de 40, vivendo as convulsões da Nova Vaga e continuando, de então para cá, como uma figura singularíssima da paisagem cinéfila francesa. Bastará recordar três momentos emblemáticos para ter uma breve percepção da versatilidade do seu trajecto: O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, Dillinger Morreu (1969), de Marco Ferreri, e A Bela Impertinente (1991), de Jacques Rivette.
Para além de uma entrevista com Piccoli, de várias análises da sua trajectória (incluindo evocações das suas "10 grandes personagens"), há uma peça que, por si só só, justifica a descoberta desta edição: chama-se "Que emoção bizarra estar em frente da câmara" e consta de um diálogo, moderado por dois redactores dos Cahiers, em que Piccoli partilha a sua visão do cinema com uma actriz, Bulle Ogier, Jacques Rivette e Pascal Bonitzer (crítico e ensaísta que, nos anos 80/90, foi uma das vozes nucleares da revista). Alguns dos textos podem ser lidos no site oficial dos Cahiers du Cinéma.
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Para além de uma entrevista com Piccoli, de várias análises da sua trajectória (incluindo evocações das suas "10 grandes personagens"), há uma peça que, por si só só, justifica a descoberta desta edição: chama-se "Que emoção bizarra estar em frente da câmara" e consta de um diálogo, moderado por dois redactores dos Cahiers, em que Piccoli partilha a sua visão do cinema com uma actriz, Bulle Ogier, Jacques Rivette e Pascal Bonitzer (crítico e ensaísta que, nos anos 80/90, foi uma das vozes nucleares da revista). Alguns dos textos podem ser lidos no site oficial dos Cahiers du Cinéma.