Scott Walker já terminou as gravações do seu novo álbum de originais, o primeiro desde o monumental Tilt, de 1995. O disco que terá edição em inícios de 2006 através da mítica editora 4AD. Segundo quem o escutou já e nos revelou apenas algumas pistas, o álbum é uma obra monumental e arrebatadora, de temáticas inesperadas, e para o qual podemos ver o já referido Tilt como uma porta de entrada. Scott Walker está, neste momento, tão satisfeito com os resultados, que já avisou estar prestes a começar a trabalhar num outro disco. Para quem, desde o início dos anos 80, nos habituou a um disco por década, aplauda-se a celeridade do desejo. E espere-se que a sua concertização em disco não surja apenas em 2015!
Scott Walker é um dos mais inspirados autores e interpretes da geração de 60. Depois de sucesso teen nos Walker Brothers, assinou na recta final de 60 quatro álbuns que dele fizeram uma referência no crooning pop, apoiado por escrita notável, composição exemplar e progressivamente mais complexa e por um sentido de arte final de invulgar eloquência. Os três primeiros destes quatro álbuns (Scott, Scott 2 e Scott 3) incluíram, cada qual, três versões de originais de Jacques Brel, cantor e compositor que muitos então descobriram no mundo anglófono através de Scott Walker.
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