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São os heróis mais fotogénicos do ano: os protagonistas de
A Marcha dos Pinguins conciliam a mais desconcertante elegância com um apelo à metáfora a que, aliás, o filme de Luc Jacquet não deixa de corresponder — estamos perante uma odisseia toda ela
humanizada, aliás devidamente reforçada por um comentário «familiar», sustentado a três vozes (pai, mãe e filhote). Por vezes, apetece discutir a pertinência de tal comentário e, sobretudo, a sua redundância dramática. Seja como for, fica o mais forte do filme: a sua
verdade documental, revalorizando o cinema como aventura específica e viagem a mundos por descobrir.
Aspecto curioso a comparar (eventualmente através do DVD): a versão americana tem outra música e, sobretudo, outro comentário off, apenas a uma voz (de Morgan Freeman).
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