James Bond reencarnou. Ou, pelo menos, alguém vai voltar a dizer a velha máxima de identificação pessoal: «Bond, James Bond» — chama-se Daniel Craig e foi escolhido como novo intérprete do agente 007, nascido nos livros de Ian Fleming. O trabalho está à porta, uma vez que já vai avançada a pré-produção do 21º título oficial da filmografia oficial da personagem — Casino Royale , de Martin Campbell —, baseado no primeiro romance da saga bondiana de Fleming.A memória mitológica de Bond no cinema tem cinco rostos:
— Sean Connery, modelo único de agressividade e contenção, rudeza e charme (1962-71, seis filmes):
— George Lazenby, agente secreto «morto» à chegada (1969, um filme);
— Roger Moore, um caso de longevidade apoiado num grande sentido de auto-ironia (1973-85, sete filmes);
— Timothy Dalton, shakespeareano, fascinante e... inadequado (1987-89, dois filmes);
— Pierce Brosnan, eficácia e elegância, em look clássico (1995-2002, quatro filmes).
Onde é que Daniel Craig vai encaixar nesta genealogia? Talvez valha a pena recordar que já o vimos em algumas belas composições dramáticas, incluindo Caminho para Perdição (2002), de Sam Mendes, Sylvia (2003), de Christine Jeffs, e O Fardo do Amor (2004), de Roger Michell. Além do mais, ele é um dos intérpretes principais de Munique, o filme de Steven Spielberg sobre o ataque terrorista nos Jogos Olímpicos de 1972 (a ser lançado ainda este ano nos EUA).
Casino Royale começa a ser rodado em Janeiro. A data de estreia, simultânea nos EUA e Grã-Bretanha, como manda a tradição, também já está marcada: 19 de Outubro de 2006.
* Casino Royale (site oficial)