Agora que se estreou o mais recente filme de George A. Romero, Terra dos Mortos, vale a pena regressar às origens, isto é, ao filme que pode ser considerado o fundador da saga moderna dos zombies cinematográficos. Ou seja: Zombie, no original I Walked with a Zombie (1943), uma realização de Jacques Tourneur, mestre do terror de série B — foi ele que dirigiu a versão original de Cat People (1942), refeita quarenta anos mais tarde por Paul Schrader, com Nastassja Kinski.
Estamos perante um exemplo perfeito de um cinema, não do excesso dramático ou visual, mas sim da contenção e da sugestão. Tourneur foi um dos que mais longe levou essa capacidade de utilizar os recursos específicos do cinema — nomeadamente a montagem, com uma hábil gestão do espaço off —, de modo a criar narrativas, por um lado cúmplices do imaginário romanesco do século XIX, por outro lado extremando as possibilidades de sugerir o invisível através do visível.
* Cinemateca: sexta, dia 16, 22h30 (integrado no ciclo "Noites na Esplanada: Zombies, os Mortos Vivos")
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Estamos perante um exemplo perfeito de um cinema, não do excesso dramático ou visual, mas sim da contenção e da sugestão. Tourneur foi um dos que mais longe levou essa capacidade de utilizar os recursos específicos do cinema — nomeadamente a montagem, com uma hábil gestão do espaço off —, de modo a criar narrativas, por um lado cúmplices do imaginário romanesco do século XIX, por outro lado extremando as possibilidades de sugerir o invisível através do visível.
* Cinemateca: sexta, dia 16, 22h30 (integrado no ciclo "Noites na Esplanada: Zombies, os Mortos Vivos")