Consagrado com a Palma de Ouro de Cannes, Foi Só um Acidente é um daqueles filmes capaz de nos ajudar a combater a noção mediática, banalmente televisiva, de que o mundo é um território transparente que uma câmara de filmar desmonta automaticamente. Dito de outro modo: o cineasta iraniano Jafar Panahi continua a filmar as feridas interiores do seu país, prosseguindo uma demanda realista que é também, à sua maneira, uma odisseia moral — em termos simples, um dos filmes maiores de 2025.
