quinta-feira, outubro 20, 2022

Blonde
— um filme é um filme é um filme

Ana de Armas, Blonde

Como se Marilyn Monroe estivesse condenada a intermináveis mortes simbólicas...
No jornalismo de vários países, cá dentro e lá fora, o filme Blonde, de Andrew Dominik, tem suscitado a proliferação de uma contabilidade pueril: assim, através de inúmeros artigos de "informação", ficamos a saber esse saber de coisa nenhuma segundo o qual foram “muitos” (ou foram “poucos”) os que “elogiaram” (ou “denegriram”) este retrato de Norma Jeane...
Porque será que as produções Marvel não suscitam o mesmo tipo de contabilidade?
Esperando apenas que o leitor continue a gostar de pensar pela sua cabeça (comportamento ameaçado nos tempos que correm), vale a pena lembrar o mais simples, porventura também o mais essencial: estamos perante um objecto de cinema realmente desafiante.