Nunca Deixes de Olhar |
Se é verdade que o cinema está a morrer, então a crítica encontrará lugar no mesmo caixão. Bem vistas as coisas, porque não? As grandes histórias do ano são, afinal, sagas financeiras. Joker, por exemplo, filme filosófico como poucos: quando consideramos o que custou e calculamos a sua rentabilidade, verificamos que bateu todos os recordes da Marvel. E que dizer de O Irlandês? Depois das recusas de Hollywood, a Netflix gastou 159 milhões e deixou Scorsese em liberdade total. Os dramas “made in USA” são assim: apaixonantes. Talvez por isso, quase não falámos do modo como Florian Henckel von Donnersmarck revisitou as dores da Alemanha para contemplar as feridas da nossa Europa… Será que estamos todos a aguardar a morte do cinema com optimismo? Convenhamos que o funeral é deslumbrante.
1. JOKER, Todd Phillips
2. O IRLANDÊS, Martin Scorsese
3. ANOITECER, László Nemes
4. ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD, Quentin Tarantino
5. NUNCA DEIXES DE OLHAR, Florian Henckel von Donnersmarck
6. CORREIO DE DROGA, Clint Eastwood
7. VITALINA VARELA, Pedro Costa
8. A PEREIRA BRAVA, Nuri Bilge Ceylan
9. MONROVIA, INDIANA, Frederick Wiseman
10. JOHN McENROE, O DOMÍNIO DA PERFEIÇÃO, Julien Faraut
John McEnroe, o Domínio da Perfeição |