Palavras de St. Vincent: "Não consigo pensar em ninguém que me faça dizer 'o que é magnífico naquele artista é a sua consistência.' Tudo aquilo que permanece igual demasiado tempo morre. Deixa de captar a imaginação das pessoas."
Aplicando a sua visão, digamos que não é a sua consistência, mas o permanente desafio formal, que lhe confere a grandiosidade pop que lhe reconhecemos — e tudo o que semelhante postura envolve, do instintivo ao experimental.
É isso mesmo que podemos testemunhar neste video da revista GQ, registado a propósito de um artigo publicado a 22 de Janeiro. Ao longo de 12 minutos, Annie Clark revisita algumas das suas canções mais emblemáticas (Cruel, Pills, Slow Disco, etc.), explicando a sua génese, mais ou menos racional, mais ou menos acidental...
No final, quando lhe é perguntado se há um tema que tenha composto que justifique a designação de "favorito", recorda The Bed, incluído no álbum Actor (2009), decididamente não reconhecido pela aritmética dos tops... Como ela diz, terá sido o seu momento Debussy — consistentemente ou não, não a vamos desmentir e recordamos a respectiva performance, em 2009, no Austin City Limits.