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A sua assinatura está em alguns dos posters mais emblemáticos da história do cinema americano: o artista gráfico Bill Gold faleceu no dia 20 de Maio, na sua casa de Old Greenwich, Connecticut — contava 97 anos.
A herança de Gold é tanto mais espantosa quanto a sua carreira se desenvolve ao longo de sete décadas, começando com Yankee Doodle Dandy (1942), de Michael Curtiz, para terminar com J. Edgar (2011), de Clint Eastwood. Entre os títulos da idade clássica de Hollywood que beneficiaram das imagens promocionais por ele criadas incluem-se Casablanca (1942), de Michael Curtiz, The Big Sleep (1946), de Howard Hawks, Baby Doll (1955), de Elia Kazan, The Searchers (1956), de John Ford, e My Fair Lady (1964), de George Cukor. Na lista de muitas dezenas de trabalhos de Gold, podemos encontrar ainda, por exemplo, Bonnie e Clyde (1967), de Arthur Penn, Deliverance (1972), de John Boorman, Barry Lyndon (1975), de Stanley Kubrick, Platoon (1986), de Oliver Stone, e Unforgiven (1992), de Clint Eastwood. Privilegiando a figura humana, Gold foi um símbolo de uma evolução iconográfica que, em boa verdade, nunca menosprezou as suas raízes clássicas. Em 1994, The Hollywood Reporter homenageou-o com um prémio de carreira.
>>> Obituário no New York Times.