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Na genealogia das histórias de terror, é muitas vezes citado como o "padrinho dos zombies": o americano George A. Romero faleceu durante o sono, no dia 16 de Julho, em Toronto, Canadá; há algum tempo, tinha-lhe sido detectado cancro no pulmão — contava 77 anos.
Cineasta das lendas do Mal, o lançamento da sua carreira possui também qualquer coisa de lendário. Depois de algumas experiências na área da publicidade, foi com os seus amigos John Russo e Russell Streiner que se lançou na produção de um pequeno filme de terror, The Night of the Living Dead/A Noite dos Mortos Vivos (1968), centrado num grupo de humanos atacados por "mortos-vivos". Tendo custado pouco mais de 100 mil dólares, as suas receitas ultrapassariam os 30 milhões. Insolitamente, uma distracção legal fez com que o filme não fosse devidamente registado, acabando por entrar no domínio público muito mais cedo do que seria normal — daí a proliferação de cópias, todas elas legais, incluindo na Internet [uma delas aqui em baixo].
Com altos e baixos, Romero regressou regularmente aos contos assombrados, desde Guerra Ao Vírus Da Loucura (1973) até aos mais recentes Diário dos Mortos (2007) e A Ilha dos Mortos (2009), embora sem nunca conseguir repetir o impacto do primeiro filme. O certo é que o seu trabalho ficou como uma referência incontornável da cultura popular, sendo reconhecido por cineastas como Jonathan Demme ou John Carpenter, de alguma maneira influenciando fenómenos como a série televisiva The Walking Dead. Recentemente, anunciara um novo projecto intitulado Road of the Dead.
>>> Obituário em The Hollywood Reporter.
>>> George A. Romero em Senses of Cinema.