* GLÓRIA
de Petar Valchanov e Kristina Grozeva
[nota publicada no DN, 8 Maio]
Os nomes têm uma sonoridade para nós pouco comum, mas a história que contam possui ressonâncias universais. Este é o relato das aventuras e desventuras de um trabalhador dos caminhos de ferro que encontra uma grande quantia de dinheiro; ao devolvê-lo, a sua honestidade tem como estranho “reconhecimento” a instrumentalização do seu gesto num ritual de celebração pública que, de facto, se destina esconder um esquema de corrupção de alguns altos funcionários da hierarquia governamental.
Registado num estilo de acutilante realismo social, esta parábola social nem sempre consegue superar as facilidades de um simbolismo algo esquemático. Seja como for, aqui temos um curioso exemplo da produção cinematográfica da Bulgária, a ilustrar um factor que merece sempre aplauso. A saber: a diversificação da oferta do mercado.