[ FESTIVAL DE CANNES ] |
Assim vai o mundo: Ruben Östlund, realizador de The Square, achou por bem comemorar a sua Palma de Ouro pedindo ao público do Grande Auditório Lumière que... berrasse com ele!
Infelizmente para nós, o seu filme não passa de uma bem intencionada comédia de costumes sobre a "crise", conseguindo disfarçar os limites da sua visão através de alguma contenção formal e, em particular, de um leque de talentosos actores.
O júri da edição nº 70 de Cannes, presidido por Pedro Almodóvar, não só cometeu a proeza de deixar de fora do seu palmarés o objecto mais radical do certame — Happy End, de Michael Haneke —, como acabou por produzir uma lista de coisas dispersas que reflecte mal a pluralidade da selecção oficial (das menos estimulantes dos últimos anos, importa também acrescentar).
Para a história, foi assim:
Palma de Ouro
THE SQUARE, de Ruben Östlund
Prémio do 70º Aniversário
Nicole Kidman
Grande Prémio
120 BATTEMENTS PARA MINUTE, de Robin Campillo
Prémio de realização
Sofia Coppola, por THE BEGUILED
Prémio de interpretação masculina
Joaquin Phoenix, por YOU WERE NEVER REALLY HERE
Prémio de interpretação feminina
Diane Kruger, por IN THE FADE
Prémio do Júri
LOVELESS, de Andrey Zvyagintsev
Prémio de argumento (ex-aequo)
Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou, por THE KILLING OF THE SACRED DEER
Lynne Ramsay, por YOU WERE NEVER REALLY HERE