sexta-feira, março 10, 2017

Kong, o rei

Será que a figura gigantesca de King Kong vai voltar a estar na moda? Kong: Ilha da Caveira, pelo menos, tenta... Esta nota foi publicada no Diário de Notícias (8 Março).

Ao que parece, entrámos numa nova idade de King Kong (cujo lendário original, convém lembrar, data de 1933). No caso de Kong: A Ilha da Caveira, de Jordan Vogt-Roberts, com uma transferência insólita e sugestiva para um contexto traumático em que está a terminar a guerra do Vietname — as personagens de alguns militares americanos procuram mesmo algo como uma redenção metafísica numa missão para desvendar os mistérios de uma ilha desconhecida no pacífico.
Lá encontram o império do macaco gigante, Kong, com as marcas (e os monstros) de um tempo pré-histórico, alheio a todas as civilizações. O argumento mais parece um esboço que alguém se esqueceu de concluir, desbaratando personagens e multiplicando clímaxes. Em todo o caso, o filme consegue conservar um certo espírito de “série B”, fantasioso e divertido, capaz de suscitar a nossa cumplicidade.