Foi protagonista de uma carreira tardia, mas que lhe trouxe muita popularidade, em especial na televisão do Reino Unido: a actriz inglesa Liz Smith faleceu no dia 24 de Dezembro — contava 95 anos.
Vimo-la com especial encanto em breves composições em Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005), de Tim Burton, ou Oliver Twist (2005), de Roman Polanski. Foram, afinal, papéis que representaram o auge de uma carreira longa, embora iniciada apenas quando já estava à beira dos 50 anos, com Bleak Moments (1971), de Mike Leigh. A partir daí, foi surgindo de modo irregular em cinema — por exemplo, em A Amante do Tenente Francês (Karel Reisz, 1980), Britannia Hospital (Lindsay Anderson, 1982) ou O Cozinheiro, o Ladrão, a Sua Mulher e o Amante Dela (Peter Greenaway, 1989) —, com o essencial da sua actividade a passar por muitas dezenas de produções televisivas. Embora dotada de um elaborado talento dramático, duas séries, em particular, consolidaram a sua divertida imagem e a subtileza cómica das suas performances: O Vigário de Dibley (1994-96) e The Royle Family (1998-2006). Em 2006, publicou a autobiografia Our Betty.
>>> Liz Smith num anúncio de um produto de culinária.
>>> Obituário na BBC.