sexta-feira, dezembro 30, 2016

A voz de Debbie Reynolds

Face à morte de Debbie Reynolds, recorremos àquilo que pode contrariar o seu silêncio: a sua voz. Ironicamente, em Serenata à Chuva (1952), ela era a voz real contra a voz fingida. Dito de outro modo: na sua candura e talento, Reynolds emergia como a verdadeira star gerada pelo cinema sonoro, por oposição àquela que, presa nas malhas do mudo, já só simulava a exuberância do canto. Vale a pena recordar esse momento emblemático, recordando também os nomes envolvidos, contracenando com Reynolds: Gene Kelly (também realizador, em tarefa repartida com Stanley Donen), Donald O'Connor, Millard Mitchell e, last but not least, a magnífica Jean Hagen, mostrando a difícil arte de não saber cantar...


>>> Obituário no New York Times.