A holandesa Hellen van Meene (n. 1972) faz retratos como quem interrompe uma ficção — como se a humanidade fosse uma paisagem de confissões em estado de suspensão. Cada uma das suas personagens surge incrustada num momento em que aquilo que revela, sendo imenso, se afigura sempre infinitamente mais pequeno do que aquilo que, em pose de suave confessionalismo, permanece oculto. O seu novo livro, The Years Shall Run Like Rabbits, vai buscar o título a um verso de um poema de W. H. Auden, As I Walked Out One Evening — é uma edição com chancela da Aperture.