terça-feira, novembro 25, 2014

Novas edições:
Superfood

“Don’t Say That”
Infectious
2 / 5

E depois de fechado o capítulo do revivalismo dos 80s (o que não quer dizer que não apareça quem o faça, como ainda hoje há quem procure referências nos 50s, 60s ou 70s) agora o mapa coloca as ementas dos noventas à disposição dos interessados. Com berço em Manchester, os Superfood não querem enganar ninguém. E apontam os azimutes das linhas mestras do seu álbum de estreia não apenas aos muitos ecos do brit pop como a formas de diálogo entre os ritmos e as guitarras que teve na cidade um vórtice central de acontecimentos (ou a coisa não tivesse acabado conhecida como Madchester). Naquele que é o seu álbum de estreia, Don't Say That, o quarteto parece procurar reencontrar o clima de festim despreocupado com que então se vivia em tempos de vacas gordas. Abrem uma janela para o lado onde a atualidade informativa não parece lançar sombras e dedicam-se à construção de pequenos momentos de luz e farra, navegando entre várias marcas de referência do que foi a pop britânica para guitarras na primeira metade dos noventas. Apesar da competência instrumental, e mesmo tendo na canção que usa o nome da banda um belo momento, não há contudo aqui uma única composição do calibre daquelas que colocaram nomes como os Blur, Pulp, Stone Roses ou Suede no mapa da época que comporta as memórias que aqui dão vida a novos temas. Talvez num próximo disco, e com menos sede de pastiche, lá cheguem.