No futebol, já não há gosto clubista. Ou melhor, mesmo esse gosto está mercantilizado, sendo friamente quantificável em cifrões — neste mundo do avesso, até já vimos (e ouvimos!) comentadores televisivos a protagonizar heróicos confrontos, proclamando que "o meu clube gastou (ou ganhou) mais do que o teu"...
Na sua candura filosófica, Jorge Jesus vai conseguindo dizer tudo isso com a crueza infantil da inocência. Em notícia do jornal A Bola, ficamos mesmo a saber que um dos seus mais recentes talentos, Talisca, já não é exactamente um jogador, mas tão só um investimento descartável do seu clube: "Daqui a uns aninhos, vai dar mais uns milhões".
Agradecemos a transparência. Fica apenas por entender de que estão a falar treinadores, jogadores e comentadores quando celebram o "amor à camisola"... Aguardamos, expectantes, alguma forma de esclarecimento.
Agradecemos a transparência. Fica apenas por entender de que estão a falar treinadores, jogadores e comentadores quando celebram o "amor à camisola"... Aguardamos, expectantes, alguma forma de esclarecimento.