Ao longo de mais de meio século, foi um dos mais activos e populares compositores do cinema italiano: Riz Ortolani faleceu no dia 23 de Janeiro, em Roma — contava 87 anos.
Na juventude ligado a uma banda de jazz, Ortolani transpôs para o cinema o seu gosto contrastado por melodias românticas e ritmos mais ou menos agressivos, sendo frequentemente "recuperado" por cineastas das mais diversas origens — Quentin Tarantino, por exemplo, utilizou composições de sua autoria em títulos como Kill Bill, 1 e 2 (2003-2004), Sacanas sem Lei (2009) e Django Libertado (2012).
O seu tema mais célebre, More, distinguido com um Grammy, integrava a banda sonora de Mundo Cão (1962), de Gualtiero Jacopetti, tendo sido objecto de muitas versões, incluindo uma de Frank Sinatra. Entre as suas mais de duas centenas de contribuições para filmes (de origem italiana, francesa, alemã, etc.) incluem-se: A Ultrapassagem (Dino Risi, 1962), O Rolls-Royce Amarelo (Anthony Asquith, 1964), Sete Vezes Mulher (Vittorio De Sica, 1967), Aventuras de Gerard (Jerzy Skolimowski, 1970) e A Rapariga de Trieste (Pasquale Festa Campanile, 1982). Para promover a pesquisa e a educação musical, criou a Fundação Riz Ortolani.
>>> Obituário no New York Times.