terça-feira, janeiro 21, 2014

Novas edições:
I Break Horses Chiaroescuro

I Break Horses
“Chiaroscuro”
Bella Union 
3 / 5

É frequente assistirmos à revelação de talentos e até mesmo à chegada de belos discos vindos de território nórdico. Mas muitas vezes, e apesar das marcas de personalidade vincadas de nomes como uns Bel Canto, The Knife, Hedningarna ou Royksopp, é frequente assistirmos a expressões de assimilação mais direta de fenómenos ou mesmo linguagens made in outros lugares. A citação ou a expressão de referências não é necessariamente “coisa má” e mesmo sob evidentes cauções de obras ou movimentos maiores, dali já nos chegaram belos discos. Foi o que aconteceu em 2011 com a (promissora) estreia do projeto sueco I Break Horses, num álbum onde nomes como os My Bloody Valentine ou, mais evidentemente ainda, os M83, se foram frequentemente apontados como espaços de afinidade. Agora, ao apresentar o segundo álbunm – ao qual chamam Chiaroscuro – a dupla constituída por Maria Lindén e Fredrik Balck concentra atenções num ainda mais elaborado trabalho cénico feito com electrónicas e propõe um novo lote de canções que neles confirmam as promessas o disco de estreia. A abrir o alinhamento, Your Burn é um belo exemplo de uma pop ambiental moldada com um evidente gosto plástico pela definição de cenografias. O álbum junta depois uma série de canções (algumas chegando mesmo a ensaiar flirts com ritmos mais acelerados), sem contudo abandonar nunca este mesmo gosto pelo detalhe e pela sugestão de espaços. Nomes como Ladytron ou Goldfrapp são aqui modelos mais próximos num álbum dominado por sonoridades electrónicas que mergulham 30 anos no tempo, seguindo mesmo pistas de certa forma semelhantes às que, por exemplo, uns Depeche Mode corriam nos dias em que gravavam o seu segundo álbum A Broken Frame.