Em abril de 1984 um primeiro single de uma nova banda inglesa era editado nos Estados Unidos. Chamava-se Pet Shop Boys, mas estavam longe de imaginar que esse mesmo West End Girls que então editavam numa primeira versão, seria dentro de menos de dois anos um dos maiores êxitos planetários do seu tempo. Nem que, 30 anos depois, teriam construído uma das mais sólidas, marcantes e prolíficas obras alguma vez criadas no espaço da música pop. Assinalando essa data, o Sound + Vision vai assim dedicar o ano de 2014 ao percurso criativo dos Pet Shop Boys.
E começamos... pelo principio.
Ano Pet Shop Boys - 1
'West End Girls' (single, 1984)
19 de agosto de 1983. Um jornalista britânico almoça com um produtor norte-americano. Reaza a mitologia que comeram cheeseburguer e bolo de cenoura. No final o produtor Bobby O (uma das figuras maiores do hi nrg e da música de dança da Nova Iorque de então) dizia ao jornalista Neil Tennant (que tinha atravessado o Atlântico para entrevistar os The Police) que queria fazer um disco com a sua banda... os Pet Shop Boys.
Eles eram Neil Tennat e Chris Lowe. Uma dupla. Tinham-se conhecido numa loja de electrónicas em Kings Road (Londres) exatamente dois anos antes e, perante um interesse comum pela música de dança, resolvido criar uma banda juntos. Começaram por se chamar West End. Mudaram de nome para Pet Shop Boys (conta a mitologia pop porque uns amigos seus tinham uma loja de animais em Ealing). Criaram primeiras canções nesses primeiros anos de labor caseiro. Nasceram então temas como It’s A Sin, One More Chance, Rent, entre muitos mais que emergiriam entre os alinhamentos dos seus dois primeiros álbuns (editados entre 1986 e 87).
Das sessões com Bobby O resultou a gravação de primeiras versões de muitos desses temas. E na hora de escolher um para ser o single de estreia apontaram a West End Girls, uma canção que nascia sob um evidente interesse pelas formas (então emergentes entre o mundo da pop) da cultura hip hop.
O single foi editado por uma etiqueta norte-americana, a Bobcat Records (subsidiária da CBS), e no Reino Unido o disco esteve apenas disponível no formato de 12” nas lojas de importação.
A versão produzida por Bobby O é consideravelmente diferente da que um pouco mais tarde o grupo regravaria com Stephen Hague. A base da ideia é a mesma, embora ligeiramente mais acelerada, explorando já a presença de coros eletronicamente trabalhados e de sons ambiente samplados e integrados na matriz cénica da canção, com uma base rítmica que todavia sublinhava uma ligação mais evidente ao universo hi-nrg (note-se o uso ostensivo de handclaps na versão do doze polegadas).
Este primeiro West End Girls, que apresentava Pet Shop Boys no lado B, foi um êxito menor em alguns territórios, nomeadamente na Bélgica e França. Nos EUA foi um êxito menor nos circuitos de dança de cidades como San Francisco ou Los Angeles.
19 de agosto de 1983. Um jornalista britânico almoça com um produtor norte-americano. Reaza a mitologia que comeram cheeseburguer e bolo de cenoura. No final o produtor Bobby O (uma das figuras maiores do hi nrg e da música de dança da Nova Iorque de então) dizia ao jornalista Neil Tennant (que tinha atravessado o Atlântico para entrevistar os The Police) que queria fazer um disco com a sua banda... os Pet Shop Boys.
Eles eram Neil Tennat e Chris Lowe. Uma dupla. Tinham-se conhecido numa loja de electrónicas em Kings Road (Londres) exatamente dois anos antes e, perante um interesse comum pela música de dança, resolvido criar uma banda juntos. Começaram por se chamar West End. Mudaram de nome para Pet Shop Boys (conta a mitologia pop porque uns amigos seus tinham uma loja de animais em Ealing). Criaram primeiras canções nesses primeiros anos de labor caseiro. Nasceram então temas como It’s A Sin, One More Chance, Rent, entre muitos mais que emergiriam entre os alinhamentos dos seus dois primeiros álbuns (editados entre 1986 e 87).
Das sessões com Bobby O resultou a gravação de primeiras versões de muitos desses temas. E na hora de escolher um para ser o single de estreia apontaram a West End Girls, uma canção que nascia sob um evidente interesse pelas formas (então emergentes entre o mundo da pop) da cultura hip hop.
O single foi editado por uma etiqueta norte-americana, a Bobcat Records (subsidiária da CBS), e no Reino Unido o disco esteve apenas disponível no formato de 12” nas lojas de importação.
A versão produzida por Bobby O é consideravelmente diferente da que um pouco mais tarde o grupo regravaria com Stephen Hague. A base da ideia é a mesma, embora ligeiramente mais acelerada, explorando já a presença de coros eletronicamente trabalhados e de sons ambiente samplados e integrados na matriz cénica da canção, com uma base rítmica que todavia sublinhava uma ligação mais evidente ao universo hi-nrg (note-se o uso ostensivo de handclaps na versão do doze polegadas).
Este primeiro West End Girls, que apresentava Pet Shop Boys no lado B, foi um êxito menor em alguns territórios, nomeadamente na Bélgica e França. Nos EUA foi um êxito menor nos circuitos de dança de cidades como San Francisco ou Los Angeles.
Estas são imagens de uma das primeiras atuações televisivas dos Pet Shop Boys. O programa 'Les Hits des Clubs' foi emitido pela TV belga e mostra Neil Tennant e Chris Lowe a interpretar uma versão curta desta primeira gravação de West End Girls. Em menos de dois anos a música daria um salto em frente. E a imagem do grupo também.
Lado A: 'West End Girls'
Lado B: 'Pet Shop Boys'
Bobcat Records, 1984