Na revista Rolling Stone, Rob Tannenbaum chama-lhe "the new girl". E não há dúvida que Lorde fez soar outra(s) nota(s) num universo, musical e mediático, ocupado pelo modelo de Miley Cyrus. A consagração nos Grammy — Royals, canção do ano — terá as ambivalências habituais de qualquer prémio, mas arrasta um simbolismo que merece ser sublinhado: afinal de contas, Lorde — aliás, Ella Maria Lani Yelich-O'Connor, neozelandesa, nascida a 7 de Novembro de 1996 — tem vivido através de uma pose e uma iconografia que, na sua impecável sobriedade, só a ela pertencem. Dos Grammy, justamente, aqui está a performance de Royals.