FOTO: Deadline Hollywood |
Foi a figura nuclear da série Os Sopranos: o actor americano James Gandolfini faleceu em Roma, vitimado por um ataque cardíaco — contava 51 anos.
Em 1999, quando o produtor David Chase o escolheu para interpretar a personagem de Tony Soprano, Gandolfini era ainda um quase desconhecido, embora tivesse já uma carreira importante, quer nos palcos (estreara-se na Broadway, em 1992, em Um Eléctrico Chamado Desejo, contracenando com Jessica Lange e Alec Baldwin), quer em cinema. Entre os filmes em que participara incluíam-se True Romance/Amor à Queima-Roupa (1993), de Tony Scott, Angie, uma Mulher Só (1994), de Martha Coolidge, Get Shorty/Jogos Quase Perigosos (1995), de Barry Sonnenfeld, O Lado Obscuro da Lei (1996), de Sidney Lumet, e A Qualquer Custo (1998), de Steve Zaillian. Os seus últimos títulos lançados no mercado português são Corações Perdidos (2010), de Jake Scott, Mata-os Suavemente (2011), de Andrew Dominik, e 00:30 A Hora Negra, de Kathryn Bigelow.
Tony Soprano acabou por condensar o complexo talento do actor: a capacidade de construir personagens sempre à beira do cliché da brutalidade anódina, mas habitadas pelas mais labirínticas tensões emocionais. A série valeu-lhe diversos prémios, incluindo três Emmys e um Globo de Ouro. Também produtor, Gandolfini esteve na origem de dois documentários: Alive Day Memories: Home from Iraq (2007), em que ele próprio dialoga com dez veteranos feridos na guerra do Iraque [video: entrevista com Brian Williams/NBC], e Wartorn: 1861-2010 (2010), sobre o impacto das guerras nos soldados e suas famílias ao longo de mais de um século da história dos EUA.
>>> Obituário no New York Times.
>>> James Gandolfini no TCM.
>>> HBO: Os Sopranos.