Alex Prager, americana, é uma fotógrafa que faz pequenos filmes perversamente inspirados por memórias cinéfilas, muito hitchcockianas, sempre tocadas por uma suave pulsão suicida. Despair (2010), por exemplo, encenava Bryce Dallas Howard numa teia onírica de cenas que remetiam, por exemplo, para Janela Indiscreta (1954) ou Os Pássaros (1963).
Estas três imagens pertencem a La Petite Mort, filme de sete breves e fascinantes minutos que integra como título essa expressão francesa que, como diz o narrador, combina a sugestão de "êxtase" físico e "libertação espiritual". As palavras são ditas por Gary Oldman, com Judith Godrèche a interpretar uma heroína démodée, de cabeleira dos anos 50, saindo das águas de forma absolutamente surreal. Dois colaboradores habituais de Prager — Matthew Libatique (direcção fotográfica) e Ali Helnwein (música) — são essenciais para o misto de sedução e inquietude que envolve La Petite Mort. Aqui fica uma pequena apresentação — o filme pode ser visto no site de Alex Prager ou nas páginas da revista W.