terça-feira, dezembro 11, 2012

Figuras de 2012: Philip Glass


Fez 75 anos a 31 de janeiro, mas a ideia de se retirar está ainda longe do seu calendário. De resto, em 2012, Philip Glass viveu um dos seus anos mais intensos. Abriu a agenda estreando a Sinfonia Nº 9, meses depois estreou a Sinfonia Nº 10 (confirmando-se assim a estratégia de compor as duas ao mesmo tempo, evitando assim a “maldição da nona”, que assim ultrapassou). Atuou em inúmeros programas especiais de celebração do seu aniversário, num deles tendo revisitado a música da trilogia Qatsi, num outro tendo dado um recital para piano e violino, em direto pela Internet, a partir do Metropolitan Musem, em Nova Iorque. Einstein On The Beach regressou à estrada. Satyagraha conheceu nova produção no Met (que, transmitida em HD pela Gulbenkian foi a única expressão local da celebração dos 75 anos do compositor). E foi durante uma das noites de presença desta ópera no Met que saiu à rua, frente ao Lincoln Center, juntando-se aos manifestantes e com eles alinhando nos protestos. Discograficamente abriu 2012 editando a Sinfonia Nº 9, fechando-o agora com uma nova gravação de Einstein On The Beach. Pelo caminho, e com curadoria de Beck, lançou Rework, um álbum de remisturas onde colaboram nomes como os de Amon Tobin, Pantha du Prince ou Johann Johansson. Parabéns, sr. Glass.