Em mais esta foto de Pete Souza não está apenas um instante emblemático do Presidente que, por mais quatro anos, vai continuar na Casa Branca. Face ao retrato de John F. Kennedy (1917-1963), Barack Obama é tão só um peão da história que, hélas!, nos faz saber e sentir que não há duplicações ideais da utopia do reino de Camelot — mesmo que admiremos a sua energia mobilizadora. Mais do que nunca, Obama transporta consigo essa responsabilidade de não alienar uma mitologia (inter)nacional, sempre insuficiente, mas inevitavelmente activa, porque intensamente visceral.
Podemos antecipar um futuro para esta imagem: será outro momento, de outro Presidente, contemplando, algures nos corredores da Casa Branca, o retrato de Barack Obama, 44º Presidente dos EUA. Nessa altura, já não será será importante se aquele que olha tem pele de cor preta ou branca — black or white, cumprindo o desejo primitivo de uma canção de Michael Jackson.
Podemos antecipar um futuro para esta imagem: será outro momento, de outro Presidente, contemplando, algures nos corredores da Casa Branca, o retrato de Barack Obama, 44º Presidente dos EUA. Nessa altura, já não será será importante se aquele que olha tem pele de cor preta ou branca — black or white, cumprindo o desejo primitivo de uma canção de Michael Jackson.