Ironia final na manchete do Libération, noticiando a morte de Chris Marker: "Chris Marker apaga-se". Que é como quem diz: de acordo com as palavras de Gérard Lefort, "não falar de si a não ser que isso sirva os outros" corresponde, afinal, a uma ética e a uma estética — começa no reconhecimento de que os sentidos do mundo devoram sempre as significações do indivíduo, numa vertigem de proliferação simbólica que, no limite, decide a nossa inserção na história.
Alguns belos artigos de evocação para ler nas páginas do Libération — e mais uma citação (ainda de Lefort):
Alguns belos artigos de evocação para ler nas páginas do Libération — e mais uma citação (ainda de Lefort):
>>> Antes de ser uma linha factual de acontecimentos tangíveis, a biografia de Chris Marker deve ser considerada primeiro como o campo de intervenção, livre e móvel, de um artista multipolar, em que os desdobramentos, as invenções e os avatars se confundem com os factos.