O título, Loin du Vietnam, resumia toda uma atitude cinematográfica, que era também um princípio político: estava-se em 1967 e um conjunto de cineastas, a partir de França, longe do Vietname, procurava as imagens (e os sons) para lidar com as convulsões de um momento particularmente perturbante da política e da geopolítica. Eram eles: Joris Ivens, William Klein, Claude Lelouch, Agnès Varda, Jean-Luc Godard [video: episódio JLG] e Alain Resnais.
Chris Marker, normalmente esquecido nas evocações desta produção (o seu nome nem sequer figura neste cartaz), funcionou como autor e coordenador do conceito, afinal pondo em prática uma lógica cujas potencialidades criativas não se perderam — trata-se de cruzar a nitidez do documento com o carácter irredutível da(s) subjectividade(s).