quarta-feira, maio 02, 2012
IndieLisboa 2012 (dia 7)
Pelo IndieLisboa passa hoje Les Chants de Mandrin, filme de época que recorda os cúmplices de um grande contrabandista executado em 1755. Assinado por Rabah Ameur-Zaimeche, passa às 16.45 no Cinema Londres. Também na secção Observatório passa Bestiaire, do canadiano Denis Coté, que observa as “fronteiras entre a natureza e a civilização. Na competição passam Still Life, de Sebastien Meise (Cinema S. Jorge, 21.45), He Was A Giant With Brown Eyes, de Ellen Hofer e Berlin Telegram, de Lella Albytay (na foto, Cinema Londres, respetivamente às 19.00 e 21.30).
Escrevi sobre mais dois filmes no blogue do DN. Um deles é Mercados de Futuro, o novo de Mercedes Alvarez. O outro é um documentário sobre o Canto Ostinato, do compositor holandês Simeon ten Holt.
É um objeto estranho, mas muito do nosso tempo, o novo filme da espanhola Mercedes Alvarez. Começa com a evocação do poeta grego Simonides de Ceos e da sua reflexão sobre a memória. Memória, que alimentava muitas das vivências do belíssimo El Cielo Gira. E que adivinhamos entre o recheio de um apartamento que vemos a ser esvaziado. Entre as mobílias e os santos e madeiras revelando-se uma biblioteca que é encaixotada. O olhar foca dois livros. Traduções antigas de Ana Karenina e de Os Irmãos Karamazov. Mudamos de lugar. Estamos numa feira de turismo e vemos um vendedor a tentar fazer com que o seu cliente lucre mais com o hotel que vai construir. – Ler aqui o texto completo.
Ao contrário do que habitualmente encontramos em documentários musicais, o foco da atenção de Ramon Gieling em Over Canto não é a música (nem o compositor ou mesmo os intérpretes) mas sim aqueles que a ouvem e a integram nos espaços do seu quotidiano. Tomando a estação de comboios de Groningen como cenário onde tudo começa – ali estão quatro pianos e pelas cadeiras em volta vão surgindo os verdadeiros protagonistas do filme – Over Canto é, acima de tudo, um olhar sobre a forma como nos relacionamos com a música. – ler aqui o texto completo