Fotos: N.G. |
Há quem diga que ir a Paris e não ver o Louvre é como passar por Roma sem ver o Vaticano... Na verdade é quase impossível andar pelo centro de Paris sem que, pelo menos num relance, o velho palácio real (desde há muito transformado em museu) passe pelo nosso olhar. Mora na margem direita do Sena um pouco adiante da Île de La Cité e antes da Place de La Concorde e tem à sua frente os grandes jardins das Tulherias (que em tempos idos serviam diretamente o Palácio Real). Napoleão III foi o último morador do Louvre, mesmo assim ocupando apenas uma fração da ala Richelieu do edifício que desde 1793 era museu aberto ao público.
O palácio do Louvre tem as suas mais antigas fundações numa construção fortificada mandada ali erigir por Filipe II no século II (restos de muralhas antigas podem ser hj visitadas num subterrâneo numa das alas do museu). As diversas fases de construção foram acrescentando espaços novos, com importantes obras no reinado de Luis XIV e uma outra campanha ainda sob Napoleão III.
A mais recente etapa de construção no Louvre data de finais dos anos 80 do século XX, com a criação de uma série de galerias subterrâneas e as pirâmides (desenhadas pelo japonês I M Piu) que começaram por gerar a esperada controvérsia, mas hoje são reconhecido ex libris da Paris do nosso tempo. As obras revelaram importantes achados arqueológicos sob os pátios do museu e permitiram a criação de novas lojas e cafetarias, assim como um modelo de entrada que, com o tempo, diminuiu o impacto do efeito das longas filas de espera que tantas vezes os visitantes encontraram à chegada. Hoje a maioria dos bilhetes são tirados em máquinas, simplificando e acelerando o processo de entrada no museu.
Ao longo dos próximos dias visitaremos algumas das salas do Louvre. Hoje deixamos uma imagem da Vitória de Samotrácia, uma das mais célebres peças do Louvre que, outrora, era uma das primeiras obras que o visitante via, após entrar pelo vestíbulo da ala Denon.