Quando o jornal americano National Inquirer publica, em tom de espectáculo obsceno, uma alegada foto do cadáver de Whitney Houston ('Whitney: The last photo!'), importa, por uma vez, ser claro em relação à ideologia da imprensa tablóide. A saber: esta é uma imprensa que ignora, por completo, qualquer réstea de humanismo. Mais ainda: em nome da liberdade de expressão, através dela se instila e instala uma visão degradada da identidade individual e das relações humanas que, na prática, é estranha (é mesmo contrária) a qualquer noção de liberdade e a qualquer valor de convivência. Na prática, a dignidade humana torna-se um conceito vazio, instrumentalizado e instrumentalizável.
Como se prova, esta é uma questão transversal e internacional que nenhuma democracia se pode dar ao luxo de ignorar — a começar pela outra imprensa.