sexta-feira, janeiro 27, 2012

Uma ideia (em doze partes)

Mês Philip Glass - 27 


Era na origem uma ideia de expressão de harmonia, juntando 12 linhas. Daí as 12 partes. Na verdade onze instrumentos e uma voz... Daí Music in 12 Parts... Mas em 1971, ao mostrar a ideia a um amigo ele perguntou pelas restantes onze partes. Glass gostou do mal entendido e tomou-o como um desafio... E nos três anos seguintes compôs mais onde peças seguindo os mesmos princípios, conferindo assim mais que um sentido ao título da obra.

Music in 12 Parts representa, juntamente com Einstein on The Beach, o ponto final da relação da música de Philip Glass com as ideias que até então haviam dominado a caracterização da sua música. Pelo que representa assim (um pouco como o fez Music For 18 Musicians de Steve Reich), uma das obras que definem a definitiva afirmação do minimalismo. Daí em diante, e sem prescindir de princípios, a sua música iniciaria outras demandas e caminharia rumo a outros horizontes.

Uma primeira gravação de Music in 12 Parts surge em 1974 num LP editado pela Virgin que junta as partes 1 e 2 da obra. Uma caixa, com a primeira integral do ciclo, é lançada (também pela Virgin) em 1988 nos formatos de vinil e CD. Em 1996 a Nonesuch editou uma outra versão numa caixa de três CD e, mais recentemente, a Orange Mountain Music disponibilizou, apenas para venda digital, uma gravação de todo o ciclo.