segunda-feira, janeiro 23, 2012

Em registo de ficção-científica


A música de Philip Glass conviveu desde cedo com as imagens. E se o cinema representou uma natural expressão de diálogos entre a sua visão e as imagens projetadas num ecrã, a proposta de uma obra multimédia foi desafio que imediatamente lhe agradou também desde logo.

Descrito pelo próprio Philip Glass como um drama de ficção científica, 1000 Airplanes On The Roof é uma peça em um ato com texto de David Henry Wang e projeções visuais criadas por Jerome Smith. Esta obra (há quem lhe chama ópera, há quem a entenda antes como um exemplo de teatro musical contemporâneo) envolve encontros com extra-terrestres e resulta de uma encomenda do Festival de Donau, do American Music Theater Festival e da autarquia de Berlim Ocidental. Teve contudo estreia num hangar do aeroporto de Viena, em 1988, com Linda Rondstat e direção de Michael Riesman.

1000 Airplanes on The Roof teve edição em disco em 1989 em registo pelo Philip Glass Ensemble (que sublinha com precisão e rigor a partitura essencialmente pensada para teclados electrónicos), novamente com a voz de Linda Rondstat (que em 1986 colaborara em Songs From Liquid Days).