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DRÁCULA (1992), Gary Oldman |
Oscarizada pelo seu trabalho de concepção do guarda-roupa de Drácula (1992), de Francis Ford Coppola, Eiko Ishioka foi uma designer japonesa cujas formas exuberantes e elegantes deixaram marcas fortes no cinema, teatro, ópera, publicidade e artes gráficas — faleceu em Tóquio, no dia 21 de Janeiro, contava 72 anos.
Formada em Belas Artes e Música pela Universidade de Tóquio, Ishioka teve a sua primeira consagração internacional no Festival de Cannes, em 1985, quando a concepção cenográfica de
Mishima, de Paul Schrader, lhe valeu o prémio da melhor contribuição artística (distinção partilhada com o director de fotografia e o autor da música do
filme, respectivamente John Bailey e Philip Glass). No cinema, para além do emblemático
Drácula, de Coppola, trabalhou diversas vezes com o realizador Tarsem Singh, em
A Cela (2000), com Jennifer Lopez,
Um Sonho Encantado (2006),
Imortais (2011) e
Mirror Mirror (2012) — este último, uma recriação da história de Branca de Neve, tem estreia internacional marcada para o mês de Março. No domínio do guarda-roupa, entre as suas criações de palco mais conhecidas incluem-se
O Anel dos Nibelungos (1999), para a Ópera holandesa, a digressão "Hurricane" (2009), de Grace Jones, e
Spider-Man: Turn Off the Dark (2011), encenado na Broadway por Julie Taymor, com música de Bono e The Edge. Desenhou os fatos para a organização dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e assinou mesmo a realização de um teledisco: o fabuloso
Cocoon, de Björk, do álbum
Vespertine (2001). Miles Davis entregou-lhe a concepção gráfica do seu álbum
Tutu (1986), tendo como base fotografias de Irving Penn.
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MISHIMA (1985) |
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TUTU (1986), foto de Irving Penn |
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COCOON (2002), capa do single |
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Grace Jones (digressão 2009) |
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Spider-Man: Turn off the Dark (Broadway, 2011) |
>>> Obituário no New York Times.