quarta-feira, dezembro 21, 2011

'A Pequena Sereia' (1989)
por Paulo Castelo


Este mês pedimos a uma série de amigos que nos falassem do “seu” filme da Disney. Hoje recordamos A Pequena Sereia, longa-metragem de 1989 que aqui é evocada por Paulo Castelo, produtor na RDP. Um muito obrigado ao Paulo pela colaboração.

Creio não conseguir responder à questão: onde estava eu em 1989? Nem me lembrar do que me aconteceu de especial nesse ano. Sei que tinha 15 anos, ainda morava com a minha mãe, tinha o meu cão Black e deveria estar na secundária. As notas? Razoaveis como sempre foram.

No meu gira discos começou a rodar sem parar o vinil de Like a Prayer da Madonna. O mesmo aconteceu com a banda sonora de Batman da autoria de Prince e com o Enjoy Yourself o segundo álbum de originais de Kylie Minogue. E não vou referir mais nenhum nome para não me acusarem de ser “piroso” ou algo semelhante.

Quanto cinema? Que vi eu? No meu dossier com todos os bilhetes de cinema dos filmes a que assisti estão: Indiana Jones e a Última Cruzada, o fabuloso Batman de Tim Burton, 007 – Licença para Matar, O Abismo de James Cameron, Regresso ao Futuro II, Camille Claudel (nos antigos cinemas do antigo Forum Picoas), entre muitos outros. Certo é que A Pequena Sereia só estreou em Portugal no ano seguinte. Os tempos eram outros e os filmes da Disney chegavam a Portugal, com direito a dobragem em português do Brasil, com cerca de um ano de atraso em relação à estreia nos Estados Unidos. Versão original nas nossas salas? Nem pensar!!!

E assim, no dia 27 de Dezembro (uma quinta-feira) lá fui à sessão das 13h30, do Amoreiras Sala 10. O preço do bilhete? 380 escudos!!! Era dia de estreia, nos dias uteis “normais” o preço era 250 escudos.

E saí da sala completamente deslumbrado com o que tinha acabado de ver. As cores, os desenhos, os movimentos, as personagens, a história, mas principalmente as músicas. Impossível de esquecer o “
Under the Sea, Kiss the Girl, Part of Your World ou mesmo o disparatado Les Poissons. Estava tudo perfeito. Foi o regresso em grande dos verdadeiros Clássicos da Disney que via em miúdo no Tivoli com a minha família. Os mesmos sentimentos e valores estão lá todos.