quinta-feira, dezembro 29, 2011

Os melhores DVD / Blu-ray de 2011


N.G.: A confirmação da viabilidade de um novo formato e o upgrade da tecnologia abrem alas a reencontros com outros momentos na história de qualquer espaço de produção artística. E, assim como os avanços no tratamento de som hoje disponíveis em CD conduziram a novas reedições e o surgimento dos e-books asseguraram novos lançamentos a velhos livros, também o Blu Ray está a trazer ao mercado de home vídeo novos encontros com títulos que, muito provavelmente, já nos acompanharam na era das cassetes vídeo ou do DVD... Com o valor acrescentado da alta definição e, em grande parte dos lançamentos, com mais e melhores conteúdos extra, as edições em Blu Ray ganharam espaço de mercado este ano. E com elas regressaram obras-chave da história do cinema, de grande parte da filmografia de Kubrick a obras igualmente marcantes como a saga Star Wars ou a trilogia das cores de Kieslowski. O impacte de A Árvore da Vida gerou ainda entre nós a criação de uma caixa com a filmografia de Malick em DVD, ao Blu Ray faltando ainda os lançamentos dos seus dois primeiros filmes.

1 . Stanley Kubrick – Visionary Fillmaker Collection (Blu Ray, WB)
2 . Colecção Completa Terrence Malick (DVD, Zon Lusomundo)
3 . Star Wars – A Saga Completa (Blu Ray, 20th Century Fox)
4 . West Side Story (ed 50º aniversário), de Robert Wise (Blu Ray)
5 . Three Colours Trilogy (Blu Ray, Artificial Eye)
6 . George Harrison – Living in The Material World, de Martin Scorsese (DVD, Zon Lusomundo)
7 . A Noite do Caçador, de Charles Laughton (DVD, Alambique)
8. Soundless Wind Chime, de Kit Hung (DVD, Pecadillo)
9. Colecção Peter Greenaway (DVD, Midas)
10 . Masculino-Feminino, de Jean-Luc Godard (DVD, Clap)

J.L.: Ah!... O esplendor do cinemascope de Godard, em 2 ou 3 Coisas sobre Ela. Ou como o DVD nos permite fruir aquilo que, tristemente, já ninguém mostra nas salas. Há no mercado do DVD e do Blu-ray essa nostalgia militante que, apesar de tudo, não nos deixa esquecer que o cinema tem uma história, quer dizer, não foi criado pela última campanha de spots de 20 segundos com muita confusão a passar e nada para ver. E que bom é encontrar neste contexto um filme como Aniki-Bobó, de Manoel de Oliveira, devidamente recuperado graças ao trabalho do ANIM (Arquivo Nacional das Imagens em Movimento), da Cinemateca — acreditar no passado é escrever o presente.

OUTUBRO (1928), de Serguei Eisenstein (Costa do Castelo)
A REGRA DO JOGO (1939), de Jean Renoir (Costa do Castelo)
ANIKI BOBÓ (1942), de Manoel de Oliveira (ZON Lusomundo)
LOLA (1960), de Jacques Demy (Midas)
A AVENTURA (1960), de Michelangelo Antonioni (Costa do Castelo)
MAMMA ROMA (1962), de Pier Paolo Pasolini (Castello Lopes)
MURIEL OU O TEMPO DE UM REGRESSO (1963), de Alain Resnais (Clap)
2 OU 3 COISAS SOBRE ELA (1966), de Jean-Luc Godard (Clap)
DILLINGER MORREU (1969), de Marco Ferreri (Clap)
NOIVOS SANGRENTOS (1973), de Terrence Malick (ZON Lusomundo)