Em tempo de revisão do que aconteceu ao logo de 2011 hoje escutamos o melhor do ano segundo Luis Filipe Rodrigues, da Time Out. Um obrigado ao Luís pela colaboração.
É uma lista. Vale o que vale. E no primeiro ano da minha vida adulta em que a música foi personagem secundária, admito que não valha assim tanto – ainda menos, quando certa vertigem existencial me viu regressar um sem fim de vezes aos Minutemen e ao Zeca, colocando a música nova em segundo plano. Feita a confissão, vamos à reza.
Foi um ano grande para a canção portuguesa, à custa de gente como Aquaparque, B Fachada, Norberto Lobo e Os Passos Em Volta (o facto de partilharem editora não será coincidência). Noutras latitudes, e apesar dos monumentos erguidos por Destroyer ou Panda Bear, o que espantou não foi a coisa pop, mas experiências mais arrojadas como as críticas ao tardocapitalismo formuladas por gente como James Ferraro e Oneohtrix Point Never (os discos que editaram no fim do ano são duas faces da mesma moeda) ou as divagações precisas de Kwjaz e Rangers.
E foi isto. Para o ano, se o mundo não tiver acabado, haverá certamente mais.
5 discos estrangeiros:
1- Destroyer - Kaputt
2- Panda Bear - Tomboy
3- James Ferraro - Far Side Virtual
4- Oneohtrix Point Never - Replica
5- Ducktails - Ducktails III: Arcade Dynamics
5 discos portugueses:
1- Norberto Lobo - Fala Mansa
2- Aquaparque - Pintura Moderna
3- Os Passos em Volta - Até Morrer
4- B Fachada - B Fachada
5- Sei Miguel e Pedro Gomes - Turbina Anthem
Uma aposta para 2012:
Os Passos em Volta e restante malta da Cafetra. "É preciso andar pra Fetra", já dizia o outro.