Considerada por muitos como uma das melhores das aventuras de Tintin, O Lótus Azul continua a trama lançada no anterior Os Charutos do Faraó. A história reencontra Tintin na Índia, no palácio do marajá de quem ficou amigo, segundo daí para Xangai, onde o espera uma verdadeira sucessão de acontecimentos que o levam a desmantelar uma rede de traficantes com ligações internacionais. A história recorda os dias em que a cidade conhecia uma zona sob administração estrangeira, coloca em cena os japoneses como potência militar ocupante e observa de perto lugares e gentes da China de então. Há na história – de ficção, naturalmente – alguns traços de relação com o mundo real, os incidentes na Manchúria e primeiras incursões japonesas entre 1931 e 32 acabando por reflectir o clima e algumas das características da presença de figuras japonesas nesta narrativa. Originalmente publicada no Le Petit Vingtième entre 1934 e 35, chegou a livro em 1936 e teve nova versão, redesenhada e colorida, em 1946.
Para lá dos livros:
A pensar na estreia do filme de Steven Speilberg, os correios belgas lançaram uma série de selos alusivos à figura (e universo) de Tintin. Estas três imagens aludem, respectivamente, ao álbum O Caranguejo das Tenazes de Ouro, de 1949, ao filme de animação de 1961 baseado no álbum A Ilha Negra e ao filme de 1969 O Templo do Sol. Podem ver as restantes imagens desta série de selos aqui.