Na primeira sessão do Queer Pop da corrente edição do Queer Lisboa 15 (apresentada pelos autores deste blog), o tema foi Kylie Minogue. Dos onze telediscos vistos e comentados, vale a pena recordar o emblemático Come Into My World (2002), dirigido por Michel Gondry. A multiplicação da cantora/personagem (o teledisco acaba quando aparece a sua "cópia" nº 5) é bem reveladora de um princípio prático e estético, indissociável do digital, transversal a diversos domínios artísticos: cada elemento figurativo pode gerar um número inusitado de clones.
Há, por isso, duas vias fundamentais para esta arte da repetição: a exibição do mero artifício técnico como se fosse um gadget "artístico"; ou a sua integração como instrumento de desafio e reflexão susceptível de gerar novas linguagens. Na sua desarmante simplicidade, o teledisco de Gondry pertence a esta segunda alternativa.
Há, por isso, duas vias fundamentais para esta arte da repetição: a exibição do mero artifício técnico como se fosse um gadget "artístico"; ou a sua integração como instrumento de desafio e reflexão susceptível de gerar novas linguagens. Na sua desarmante simplicidade, o teledisco de Gondry pertence a esta segunda alternativa.