Foi um dos pintores portugueses revelados ao longo da década de 1940, mais precisamente na I Exposição dos Independentes, em 1944 (Fernando Lanhas, Júlio Pomar e Nadir Afonso foram alguns dos nomes envolvidos nessa iniciativa): Júlio Resende faleceu no dia 21 de Setembro, em Valbom, Gondomar – contava 93 anos.
Integrando influências muito diversas, do expressionismo ao cubismo, foi evoluindo no sentido de uma lógica neo-figurativa que, em boa verdade, o deixou distante de todas as escolas, tendências ou modas. Com uma obra sempre marcada por componentes de natureza lírica, assumiria, como professor, durante os anos 60, uma posição central na Escola de Belas Artes do Porto (precisamente aquela onde se formara, diplomando-se em 1945). Nessa época, foi-se especializando em painéis, porventura as suas obras mais conhecidas, incluindo na decoração do Palácio de Justiça de Lisboa e na saída do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I (título: 'Ribeira Negra'), no Porto. Entre as distinções que recebeu, incluem-se as insígnias de Comendador de Mérito Civil de Espanha atribuídas, em 1982, pelo Rei de Espanha e o Prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte), em 1985.
>>> Site da Fundação Júlio Resende.