terça-feira, agosto 02, 2011

Visões na rua 53

Foto: N.G.

É uma das mais obrigatórias entre as paragens a cada visita a Nova Iorque. Mora no número 11 da West 53rd Street (entre a 5ª e a 6ª avenidas) e é, sem exageros, um dos melhores museus do mundo. O MoMA (Museum of Modern Art) é todavia mais que apenas uma casa para exposições permanentes e temporárias. Junta espaços para uma programação regular de cinema, para artes performativas, tem uma agenda de acontecimentos que passa pelas mais vairadas formas de expressão artística e tem lojas onde podemos encontrar não apenas uma belíssima selecção de livros de arte mas também uma série de propostas de bom design.

Fundado em 1928 conheceu várias moradas até ganhar raiz no espaço onde hoje reside, ocupando um edifício que, na sua forma original, foi ali inaugurado em 1939. O MoMA ocupa hoje um espaço recentemente renovado, integrado numa estrutura maior que entretanto cresceu a seu redor.


Um dos primeiros pontos de passagem em visita ao MoMA deverá ser o Sculpture Garden. Fica no piso 1, com entrada directa a partir do átrio onde se encontram bilheteiras e serviços de apoio e informação. O jardim das esculturas é desde há muito um espaço vivido não apenas para momentos de descanso do visitante e para a exposição de obras de escultores, mas também terreno para ocasionais espectáculos, alguns nomes da história das músicas de vanguarda da cidade tendo ali já actuado. Neste verão o jardim é dominado por uma instalação de título Figurengruppe, assinada pela alemã Katharina Fritsch (a primeira das três imagens acima apresentadas).


Além de um programa regular de exposições temporárias dedicadas a artistas ou movimentos artísticos e de uma colecção permanente, que junta alguns dos mais célebres artistas desde finais do século XIX, o MoMA organiza também, ocasionalmente, mostras temáticas de algumas peças da sua colecção. Nestas imagens vemos, por exemplo, e antes do histórico Flag, de Jasper Johns (a abrir a série de imagens), o teledisco de O Superman, de Laurie Anderson (primeira imagem).


As salas do MoMA apostam na concentração de atenções nas obras expostas, espaçando-as entre si. Ao mesmo tempo a sua arquitectura interior prevê o conforto do visitante, acautelando não apenas a existência de boas zonas de passagem mas também uma iluminação que valoriza o espaço e o que ele nos mostra. As paredes são brancas (salvo em salas de exposições temporárias em que a decoração pontualmente sugira outras ideias). O chão é de madeira. E em vários pontos abrem-se janelas que permitem uma relação das salas com o exterior. Na primeira destas duas imagens House By The Railroad, de Hopper, num dos patamares, frente aos elevadores.


Três entre as obras maiores expostas na colecção permanente do MoMA. São elas, em sequência, As Oliveiras, de Van Gogh, A Persistência da Memória, de Dali, e a Dança de Matisse.