Muitos conhecem a saga nos ecrãs (da qual o sétimo filme chega esta semana a Portugal). Mas será igualmente tão bem conhecido o livro na origem de toda esta história? E, já agora, não estava já na altura de o reeditar por estes lados?
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Capa do livro |
Originalmente publicado em 1963,
O Planeta dos Macacos é um dos raros (e muito bons) exemplos internacionalmente divulgados de uma narrativa de ficção científica com origem francesa. Assinado por Pierre Boulle está na origem da história que foi adaptada ao cinema em 1968, porém com algumas diferenças. No livro toda a história é decoberta por um casal que, a bordo de um barco de recreio, descobre numa garrafa o testemunho de um astronauta que fala de um mundo onde os homens vivem como seres primitivos e os macacos dominam a tecnologia, a linguagem e o poder. Na versão escrita os macacos têm a sua linguagem própria, que o astronauta terá de dominar para com eles comunicar. Os homens andam sem roupas. A sociedade símia é tecnologicamente mais avançada, exibindo um domínio sobre a máquina (neste caso foram financeiras as razões da discrepância, optando a produção do filme para investir mais na caracterização dos macacos e menos na do mundo ao seu redor). Na essência, contudo, mantém-se a linha narrativa e as questões de debates que são levantados, reflectindo sobretudo sobre a relação dominadora do homem sobre a natureza e toda uma série de conflitos entre a ciência e a fé.