New Order
“Total”
Rhino
2 / 5
Se há coisa que não nos tem faltado são antologias dos New Order... A coisa começou em 1988 com Substance, um primeiro olhar sobre parte de uma obra que, até então, não estava representada no formato de álbum. Foi um primeiro passo... Mas seguiram-se outros mais. Em concreto, The Best Of New Order (1994), (The Rest Of) New Order (1995), International (2002) ou Singles (2005), isto mais a caixa de quatro discos Retro (de 2002)... Ao mesmo tempo, e em paralelo, iam surgindo compilações dedicadas ao legado da banda que precedeu e da qual nasceram os Nwe Order. Ou seja, os Joy Division... Juntaram-se mais tarde reedições e repackages dos álbuns. Tudo isto operações mais que justificadas perante duas bandas que não só ajudaram a definir uma noção de identidade alternativa no panorama pop/rock britânico em clima pós-punk, como (e particularmente no caso dos New Order) ajudaram a definir outros patamares de encontro entre as guitarras e as electrónicas, a dada altura ensaiando mesmo formas próximas da chamada música de dança. A discografia de ambas as bandas é por isso peça fundamental na história da música popular. A discografia original, entenda-se, pelo que o anuncio de mais uma antologia, mesmo trazendo um inédito como extra, não é mais senão um exercício de mais do mesmo. Total soma, num alinhamento só, New Order com Joy Division. Mas no fundo não acrescenta nada realmente significativo ao que já havia em disco. E a verdade é que, quase 25 anos depois, as antologias de ambas as bandas lançadas sob o título Substance são ainda hoje o melhor ‘best of’ que alguma vez editaram.