terça-feira, julho 12, 2011
Casa de artistas
Mora na rua 23, entre a 7ª e a 8ª avenidas e, longe de ser coisa chique, deve ser dos mais conhecidos entre os hotéis de Nova Iorque. É na verdade um hotel diferente, acolhendo não apenas os hóspedes ocasionais que por ali ficam uma mão cheia de dias, como figuras que ali estabelecem residência fixa. De resto, ao longo da sua história, são vários os exemplos de gente que ali teve casa durante algum tempo. De Mark Twain a Dylan Thomas, de Allen Ginsberg a Arthur C Clarke (que ali escreveu 2001: Odisseia no Espaço), de Madonna a Patti Smith, de Leonard Cohen a Rufus Wainwright, de Joni Mitchell a Sid Vicious, de Stanley Kubrick a Ethan Hawke, longa é a lista de antigos residentes que, ano após ano, ajudaram a fazer do Chelsea Hotel uma das mais célebres casas de Nova Iorque. Uma mudança recente na política de gestão do hotel limitou a 24 dias o tempo de permanência máximo de hóspedes, havendo ali ainda outros que, ali residindo antes desta mudança, conhecem assim um tratamento de excepção.
Três olhares de pormenor sobre a entrada do Chelsea Hotel, na rua 23.
Entramos por uma discreta porta e, logo no hall, fica claro que estamos num espaço onde a arte e os artistas falam mais alto. Há quadros nas paredes. Não apenas ali, como por outras salas e, inclusivamente, a escadaria. Artistas que por ali passaram, entre os quais Frida Khalo, de Kooning ou Jasper Johns e fotógrafos como Cartier Bresson ou Mapplethorpe são alguns dos nomes ali representados.