quinta-feira, maio 26, 2011
Novas edições:
French Horn Rebellion,
The Infinite Music Of French Horn Rebellion
French Horn Rebellion
“The Infinite Music Of French Horn Rebellion”
Mushroom Pillow
2 / 5
A história dos French Horn Rebellion começa pelos terrenos do Wisconsin (nos EUA), em volta de ideias da dupla de irmãos Robert e David Perlick-Molinar (entretanto de malas feitas e casa nova encontrada, trabalho oblige, em Brooklyn, em Nova Iorque). Houve quem os descobrisse ao som de um aperitivo revelado no volume 8 da série de antologias que escutam o presente no segmento de acontecimentos que liga os espaços indie ao electro via Kisuné Maison. Agora apresentam The Infinite Music Of French Horn Rebellion, álbum de estreia que alarga horizontes face a esse cartão de visita servido ao som de Up All Night. Sem na verdade fugir muito além das sugestões, procurando contudo expressões de interesses (e referências) semelhantes além das mais imediatas linhas pop e de alma dançável de Up All Night ou What I Want, o álbum está longe de ser peça a inscrever entre os episódios que escrevem a história do nosso tempo. Porém mostra que há mais a descobrir entre a música desta dupla de irmãos para quem, fica claro, os modelos de revisitação pop de ecos pós-punk com viço apontado à pista de dança não esgotam a agenda de intenções. O melhor do disco serve-se inclusivamente quando se afastam mais desse mesmo ponto de partida (na verdade não muito distante de tantas outras recontextualizações recentes de ecos dos inícios dos oitentas), ao som de temas como Running Through The Wind ou The Cantor Meets The Alien experimentando sinais de mais livres incursões por lógicas indie mais próximas da alma mutante que tem hoje em Ariel Pink um importante paradigma (sem comparações próximas, naturalmente). No fundo, o álbum acaba por traduzir um instante de pausa numa encruzilhada. E, tal como se escutara no disco de estreia de uns (quase ignorados) Mirror Mirror, fica por conta da banda a escolha de mais afinado percurso numa próxima etapa. Sendo que, para já, não avançam muito mais além do clima de promessa que, depois de um single-aperitivo, se mantém aceso num álbum de estreia que, longe de brilhante, ao menos não delsilude em toda a linha... Mas podia ser melhor. Muito melhor...