sexta-feira, maio 20, 2011

Em conversa: Julianna Barwick (3)


Continuamos a publicação de uma entrevista com a cantora Julianna Barwick que serviu de base ao artigo ‘Num lugar mágico ao som de uma voz’, publicado na edição de 7 de Maio do DN Gente.

Que discos lhe fizeram sentir o verdediro poder da música não apenas como arte mas como o seu destino?
Acho que no disco Whitney, da Whithney Houston a sua voz é incrível. Depois a Bjork e a Tori Amos quando estava no liceu. Fui muito inspirada pela sua originalidade e pelo seu talento.

O trabalho vocal de pessoas como Meredith Monk ou a música vocal de compositores como Arvo Part, John Tavener ou Valentin Silvestrov influenciou-a de alguma forma?
Vou ser completamente honesta: não! Nem tenho uma familiaridade com as obras deles. Acho que, se calhar, deveria ouvi-las...

Como se relaciona com outras músicas e outros músicos? Vai a concertos? Compra discos?
Vou a muito poucos concertos e compro discos muito raramente. Gasto muito tempo a procurar coisas online (para o melhor e para o pior). E é aí que encontro mais informação sobre a nova música.

Até que ponto vê a voz como um instrumento?
É completamente um instrumento! É o único que podemos levar connosco a todo o lado. E a voz de cada um de nós é uma coisa única. É espantoso.

O que a interessa mais no trabalho vocal? Os sons ou o sentido das palavras?
Sem dúvidas o som. É o que me atinge em primeiro lugar. Mas uma letra excelente é também importante. É difícil escrever letras que sejam excelentes e únicas.