quinta-feira, abril 21, 2011

Novas edições:
I'm From Barcelona, Forever Today


I’m From Barcelona
“Forever Today”

Virgin / EMI Music

3 / 5


O que se espera de um álbum novo do colectivo sueco I’m From Barcelona? Na verdade... que seja um álbum dos... I’m From Barcelona. Pop, luminosa, com sabor aos dias mais longos e de céu azul que estão aí a caminho. O grupo, oriundo de Jönköping, na Suécia, é um colectivo alargado que chegou a ter quase 30 elementos. Têm carreira desde meados da década dos zeros, tendo ganho grande visibilidade global quando fizeram dos temas I’m From Barcelona e Collection Of Stamps, do seu álbum Let Me Introduce My Friends, dois dos mais solarengos hinos estivais da primeira década do século XXI. Desde então parece que deles não mais se ouviu falar, mas a verdade é que editaram mais dois álbuns entretanto, o novo Forever Today chegando agora a tempo de ajudar a fazer a banda sonora para a estação Primavera/Verão que começamos a viver. A um primeiro contacto com as novas canções fica claro que não parecem dispostos a sair do caminho que definiram para si mesmos com o álbum de estreia acima referido. Voltamos a encontrar aqui canções feitas em tons maiores, traçadas sob tons fortes, refrões "orelhudos", as guitarras talhando o caminho, as vozes tomando conta da festa. O álbum apresenta assim dez canções gravadas ao vivo em estúdio, o clima de harmonia, partilha e alegria que cruza os actuais 27 elementos do grupo cruzando todas elas, de fio a pavio. Forever Today segue essencialmente em terreno seguro, sem aparente desejo de ir além de um programa eminentemente lúdico (podemos dizer mesmo festivo), o que não os impede de ensaiar frequentemente exercícios de narrativas que assim fazem das canções uma colecção de pequenas histórias cantadas. Sem uma agenda que pretenda mudar nada senão mesmo ajudar a lutar pela boa disposição em tempos menos luminosos para muitos de nós (não representando contudo um programa escapista), Forever Today é um bom companheiro para festas em fim de tarde, aquelas em que o relógio já aponta à hora de jantar mas a luz ainda circula acima da linha do horizonte.